Na minha janela você taca uma pedra
Sorri e assovia
Assovia e sorri
Manda um beijo e se vai
E de repente pela minha porta adentra
Sem mais nem menos
Fantasiado entra
E não reconheço se é máscara, carne ou osso
O que é isso, meu bem?
Seria meu bem isso?
Cada resposta por baixo do medo
Cada medo revelando a vontade.
À vontade
Sirva-se
Mas, antes, descarnavalize, meu bem
Que dentre esses confetes,
já não sei se aquilo era mesmo janela
Ou meu próprio coração.