quinta-feira, 12 de junho de 2014

No nada não há não

Aqui te faço
e te faço agora, ontem e amanhã
e em cada momento que minha pele tocar a tua, seja qual dimensão
será.
Aqui.
Agora.

Essa tão tênue linha entre a saudade o toque o riso e o depois
a escuridão do depois
esse que mais ainda assombra os medos e mói sonhos.
Maldito.

E enquanto nossas lágrimas existirem separadamente juntas
simultâneas
cada uma em cada qual solidão
não aqui, mas agora,
faz-se nós.
Nós.
Nós enozados em nossa própria saudade,
aquela que criamos, alimentamos e que quase cresce e toma tudo.

E quando tomar tudo,
destruir tudo
e mergulhar no vazio do escuro que de tão caótico se amansa,
haverá nada.
No nada, meu bem, o que nos impede?
Nós.
Nós enozados em nós.
Tão atados transpassados firmemente entrelaçados,
nós.


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