Instante.
Se cada momento fosse um toque e em cada toque coubesse uma
vida
Uma vida na qual olho para o lado e te enxergo caminhando em
minha companhia
Sua presença que me abraça apenas por simples existir
E me segura de que tudo permanecerá tranquilo. Mesmo em meio
ao caos.
E você adentra minhas escuridões e passa por minhas traças.
E traços. E traga.
Traga o silêncio ao burburinho, e traga a fumaça que se
espalha pelo ar pesado misturando-se à angustia que se respira por aqui. E tudo
pára.
Cá dentro todos te olham e as máquinas lentamente vão parando e há
aquele entreolhar geral em que internamente se indagam sobre você
E você caminha devagar olhando em volta, provavelmente meio
curioso e espantado mas isso é o que eu acho e eu sempre acho errado – o que
encontro é sempre melhor.
E nesse meu mundo de transtorno você vira o centro, até as
árvores param de se entregar ao vento
E se entregam a ti
Ao teu sopro
E caem aliviadas
Assim como meus muros se despencam lentamente ao te olhar
Ao teu olhar.
Talvez você não veja nada, é escuro por aqui
Meio complicado e os caminhos mais se assemelham a
labirintos teimosos subterrâneos que levam ao mesmo lugar
Mas com um pouco mais de tempo há tempo de sobra pra você
conhecer a história de cada pedra chutada ao chão.
Deslizando por meus tuneis você me inquieta
Me remexo ao passo em que sou surpreendida pelo raio de
sol que adentra pela janela
E suspiro.
É você colorindo tudo por aqui.
Bom te ver voando aqui do outro lado do mar pequena!
ResponderExcluirPoison & Wine - The Civil Wars
Pra ti!